E era tão grande o desejo dela por ele. E tão grande o dele por ela, que muitas vezes eles nem sabiam o que fazer com aquele desejo todo. E por isso, ficam assim, parados, só se olhando, admirando. Com medo de deixar que aquilo explodisse e virasse uma bola de neve sem fim.
Ele observava cada movimento dela. Cada pedacinho, cada pintinha. Chegou certa vez a tentar contá-las, mas como ela não parava quieta, acabou desistindo. Seu sorriso era certo ao ver o dela. E o sorriso dela era tudo o que ele esperava ver todos os dias.
Ela não conhecia rapaz mais elegante. Ficava impressionada com seus gestos, sua forma de caminhar, falar e claro. De sorrir. Seu sorriso era o mais belo. Não tinha como não sorrir junto, vendo tão bonita expressão. Ela gostava do seu cabelo, sempre penteado. Da sua roupa, sempre bem passada.
E eles passaram anos assim, felizes, se admirando. Ele, atrás do balcão da lanchonete, entre um hambúrguer com milk-shake de chocolate e outro, que ficava de um lado da rua. Ela, da vitrine da butique do outro lado, enquanto atendia às clientes. Era uma paixão fantástica, que não conhecia limites.
Até o dia em que eles se conheceram. Apesar da elegância do balcão, ele não era nada educado. Apesar do belo sorriso, ela tinha bafo. Apesar da roupa bem passada, ele não usava desodorante. Apesar das várias pintinhas, sua pele tinha uma textura estranha. Não deu, não houve química.
E acabou-se a paixão.
Ele observava cada movimento dela. Cada pedacinho, cada pintinha. Chegou certa vez a tentar contá-las, mas como ela não parava quieta, acabou desistindo. Seu sorriso era certo ao ver o dela. E o sorriso dela era tudo o que ele esperava ver todos os dias.
Ela não conhecia rapaz mais elegante. Ficava impressionada com seus gestos, sua forma de caminhar, falar e claro. De sorrir. Seu sorriso era o mais belo. Não tinha como não sorrir junto, vendo tão bonita expressão. Ela gostava do seu cabelo, sempre penteado. Da sua roupa, sempre bem passada.
E eles passaram anos assim, felizes, se admirando. Ele, atrás do balcão da lanchonete, entre um hambúrguer com milk-shake de chocolate e outro, que ficava de um lado da rua. Ela, da vitrine da butique do outro lado, enquanto atendia às clientes. Era uma paixão fantástica, que não conhecia limites.
Até o dia em que eles se conheceram. Apesar da elegância do balcão, ele não era nada educado. Apesar do belo sorriso, ela tinha bafo. Apesar da roupa bem passada, ele não usava desodorante. Apesar das várias pintinhas, sua pele tinha uma textura estranha. Não deu, não houve química.
E acabou-se a paixão.