É difícil relacionar-se com outras pessoas. Fica ainda mais difícil quando você gosta de alguém que não gosta de você. E por que ela não gost de você? Por que gosta de outra? Dizem que é a diversidade. Que gosto cada um tem o seu. "O que seria do vermelho se todos gostassem do azul?" é o que dizem alguns.
Bobagem. Bom mesmo seria se todos gostassem do azul. Assim não haveria tantos traumas, tantas dores, tantas desilusões. É azul? Gosto! Não é? Não gosto. Fácil e simples. Mas a vida não é assim. Há, claro, os que gostam do azul. Mas também há os que preferem o verde, o vermelho, o amarelo, o preto com listras rosas, o lilás com bolinhas douradas...
E para sobreviver nessa brincadeira de caixinha de lápis de cor o mais importante é descobrir a variedade de tons. Porque pode acontecer de você gostar do vermelho sangue, vivo, forte, aquele que chama muita atenção e ele não gostar do seu azul-céu (por mais sentimentos de paz e infinitude que ele possa trazer).
E é aí que vale buscar por outro tom: um vermelho mais claro, mais escuro, com bolinhas, xadrez, mais puxado para o rosa, puxado para o salmão. Enfim, a aquarela é enorme e há uma imensidão de tonalidades possíveis para se criar no mundo das cores. Com certeza uma vai te agradar. E você também agradará alguém. Mesmo que esteja em um daqueles seus dias desbotados.