“Tudo é relativo”, dizem por aí. Não tenho certeza, mas deve ter sido Einstein, com sua teoria da relatividade, que criou essa blasfêmia e a transformou em conhecimento público. Acredito mesmo que o que ele queria dizer era que até essa frase – “tudo é relativo” – é relativa. Porque não dá para tudo, realmente, ser relativo.
O meu amor por você, por exemplo, não é relativo. Mesmo tendo na etimologia da palavra relativo o significado de relação, o termo tornou-se algo como “pode ser que sim, pode ser que não”. E é aí que falo que não. Não há nenhuma relatividade na excitação dos nossos corpos ao se encontrarem, no suor de nossas mãos, segurando umas as outras, sabendo que ali haverá sempre um porto seguro, não há relatividade nos seus olhos que me encaram e me dão a certeza de um futuro.
Não há “pode ser que sim, pode ser que não” nos nossos planos, nossas viagens, nossos desenhos, nossas provas e marcas de amor. Não há relativismo nas tuas mãos percorrendo meu corpo, muito menos na tua boca dizendo um baixinho e suave “eu te amo” na minha orelha.
Pois então, te digo que nosso amor, não. Ele não é relativo. Não cabe qualquer hipótese relativista, pois no nosso amor só há concretismo, só há realismo, só há futurismo.
Invejinha!
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