sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Viajando no amor


Entre tantos voos, entre tantos aeroportos, principalmente, entre tanta gente, nunca entendi ao certo porque tudo sempre se tratou de você.

Não tem fetiche de aeromoça gostosa no banheiro do avião. Não tem odalisca em Marrocos. Não tem loira peituda em Estocolmo. Muito menos gueixa misteriosa no Japão. Tudo sempre acaba em você. E eu nunca entendi.

No melhor hotel em Hong Kong. Na casa mais luxuosa de Ibiza ou até num castelo em Doha. Nada, nem ninguém fez valera pena, porque, quando me dava conta, era aqui,neste sofá velho, manchado, cheio de ácaro e marcas do seu cigarro.

E até então, eu não compreendia. Desculpe.

Hoje vejo que demorei a perceber. Demorei a entender o que há anos você me mostrava. Custei a acreditar que era isso que você me oferecia.

E não. Não era você, mesmo, o problema. Era eu. Sempre fui eu o cara que não abria os olhos. Fui cego.
Mas agora entendi tudo. Entendi e quero. Quero agora. Quero hoje, amanhã e depois. Quero viver. Quero aprender. E quero que você me ensine.

Mas pega leve. Vai com calma que eu sou novo nessa coisa de amor.

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