*Por Maya Belle
E se eu jogasse tudo para o alto? E se eu decidisse que amanhã eu não devo abrir os olhos? Nem depois, nem depois, nem depois... E se eu entendesse que o fim chegou? E se nada mais valesse a pena? E se eu simplesmente desistisse?
Nada. Nada aconteceria. Você não descobriria repentinamente que fui o amor da sua vida. Meu grande amor não apareceria... Até porque, caso aparecesse, eu nunca iria vê-lo. A não ser que existisse vida após a morte. Mas se eu acreditasse nisso mesmo, não estaria fazendo isso agora.
Se eu ainda acreditasse em qualquer coisa, sequer pensaria nisso agora.
Acreditei um dia... Mas aquilo que um dia me fez crer em algo dilacerou meu coração, roubou minha alma, esfarelou minha mente. Então, por que eu deveria querer abrir os olhos amanhã? Pra ver um mundo do qual não sou mais parte? Já dizia o Mika – aquele cantor que um outro me ensinou a gostar, mas que pra você não faz diferença: no hope, no love, no glory.
Talvez um ou outro pense “que os lábios atraentes não mais estarão lá para uma satisfação carnal”. Quem sabe um amigo questione o que me levou a fazer isso. Alguns devem chorar e se perguntar como não perceberam isso antes. Os pais... Ah! Os pais! Eles sentirão. Pais foram feitos para sentir. Por outro lado, sentirão alívio de um peso que não precisam mais carregar: ela vai ser feliz? Vai se casar? Vai ter filhos? Quem cuidará dela quando não mais estivermos aqui?
No fim, nada faz sentido mesmo. E ninguém vai perceber que o fim foi a soma de todos os começos e meios que estiveram lá para lhe trazer simplesmente nada. No fim, é só a cinza. É só o amor que ela nunca soube explicar. O sentimento que ela nunca sentiu de verdade. É tudo lindo. É tudo tão distante da sua realidade. No fim, não há razão. E viver sem sentido é o mesmo que estar morto pela eternidade.
*O Blog Alguns Momentos publica, uma vez por mês – sempre na última semana –, um texto de um amigo do blog. Tem uma história para contar? Quer escrever também? Mande seu texto para blogalgunsmomentos@gmail.com
E se eu jogasse tudo para o alto? E se eu decidisse que amanhã eu não devo abrir os olhos? Nem depois, nem depois, nem depois... E se eu entendesse que o fim chegou? E se nada mais valesse a pena? E se eu simplesmente desistisse?
Nada. Nada aconteceria. Você não descobriria repentinamente que fui o amor da sua vida. Meu grande amor não apareceria... Até porque, caso aparecesse, eu nunca iria vê-lo. A não ser que existisse vida após a morte. Mas se eu acreditasse nisso mesmo, não estaria fazendo isso agora.
Se eu ainda acreditasse em qualquer coisa, sequer pensaria nisso agora.
Acreditei um dia... Mas aquilo que um dia me fez crer em algo dilacerou meu coração, roubou minha alma, esfarelou minha mente. Então, por que eu deveria querer abrir os olhos amanhã? Pra ver um mundo do qual não sou mais parte? Já dizia o Mika – aquele cantor que um outro me ensinou a gostar, mas que pra você não faz diferença: no hope, no love, no glory.
Talvez um ou outro pense “que os lábios atraentes não mais estarão lá para uma satisfação carnal”. Quem sabe um amigo questione o que me levou a fazer isso. Alguns devem chorar e se perguntar como não perceberam isso antes. Os pais... Ah! Os pais! Eles sentirão. Pais foram feitos para sentir. Por outro lado, sentirão alívio de um peso que não precisam mais carregar: ela vai ser feliz? Vai se casar? Vai ter filhos? Quem cuidará dela quando não mais estivermos aqui?
No fim, nada faz sentido mesmo. E ninguém vai perceber que o fim foi a soma de todos os começos e meios que estiveram lá para lhe trazer simplesmente nada. No fim, é só a cinza. É só o amor que ela nunca soube explicar. O sentimento que ela nunca sentiu de verdade. É tudo lindo. É tudo tão distante da sua realidade. No fim, não há razão. E viver sem sentido é o mesmo que estar morto pela eternidade.
*O Blog Alguns Momentos publica, uma vez por mês – sempre na última semana –, um texto de um amigo do blog. Tem uma história para contar? Quer escrever também? Mande seu texto para blogalgunsmomentos@gmail.com