sexta-feira, 15 de julho de 2011

Quando?

Às vezes eu me pego pensando em quando será que vou te encontrar de novo. Você foi embora tão repentinamente. Não deu tchau, não deixou bilhete de despedida. E eu fiquei aqui sozinha, sem entender

Eu sei que não sou santa. Que, como você sempre disse, “tenho gênio difícil e não sei perdoar os outros”. Meu coração é mesmo estranho. Capaz de detestar alguns por tão pouco e amar outros – você – também por quase nada. Mas ainda assim fico sem saber se foi por isso que você me deixou.

A verdade mesmo é que eu queria entender. Saber o porquê. E, decididamente, saber quando iria te encontrar para você me dar todas essas respostas. Por que não é possível que você não se lembre de mim. Não acredito que você tenha me apagado das suas memórias.

E mais do que isso, não acredito que você simplesmente se esqueceu que me amava. Que eu era sua. Com todos os defeitos, crises, loucuras e manias, mas sua. Inteira. Corpo, alma, pele, cheiro. Lembra disso? Era a nossa “santíssima trindade, mas com quatro itens”. Cadê você pra eu poder te relembrar disso tudo?

Você não me apagou das suas memórias. Você não esqueceu de mim. Mas se tiver esquecido, por favor, lembre-se. Preciso de você de volta.

*Livremente inspirado daqui

3 comentários:

  1. nem consigo falar nada, amigo.
    vc sabe pq...

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  2. Ótima inspiração Tomatinho!
    A vida é assim né? Cheia de despedidas repentinas.
    Só fica a saudade...

    Beijos

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  3. Você me deu o privilégio de ler esse texto antes de publicar. E eu te chamei de Chico Buarque. Cada vez mais, adentrando o universo feminino e o compreendendo com delicadeza. Vai tomar no cu.
    Abraços.

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