sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Amor de Carnaval

Vem cá, samba aqui. Pula teu carnaval no meu bloco. Me amarra em você com serpentina, enche minha vida de cor, feito confete. Eu canto a marchinha. Eu me visto de bate-bola. Pierrô ou Arlequim. Polícia ou Ladrão. Mas fica aqui, dança mais essa comigo, mesmo que não seja de corpo colado. Alalaô, mas que calor! Gruda que quero sentir você suando.

Fica mais, quebra aqui. Vem pra minha ala, usa a fantasia que pensei pra nós dois. Toco bumbo, pandeiro, cuíca, toda bateria. Faço paradinha só pra você. Viro mestre-sala. Viro destaque de carro. Viro, rodo, giro, entorto. Mas vem cá, samba aqui comigo.

Vem, veste meu abadá e entra pro lado de cá da minha corda. Eu empurro o trio pra você. Faço teu circuito. Entro em curto. Curto todos os sucessos do axé. Barra-Ondina. Dodô-Osmar. Olha o mar, dá mais um beijo. Eu faço teu camarote. Mas não vai, não. Vamos dar mais uma volta.

Vem cá, olha pra mim. Na rua, no bloco, no trio, no sambódromo. Vem cá, fica aqui. Eu te quero junto. Vem cá, toma mais um gole. Ainda é cedo. Vem cá, quarta-feira ainda tá longe. Vem cá, descansa no meu colo. Eu não te largo mais. Sem essa de amor de carnaval. As cinzas de quarta vão queimar por muito tempo ainda. Vem cá, vem?

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