sexta-feira, 14 de junho de 2013

Braços abertos

Vem cá. Sem pressa e sem medo. A gente pode planejar um futuro onde a gente faz um filho, escolhe um nome bem bonito pra batizá-lo num domingo de sol, com você linda num vestido branco rodado. Mas antes vem aqui, deixa eu te fazer um chamego, uma massagem com óleo aromático e assim você relaxa um pouco. Esquece o que tem lá fora.

Vem aqui e deita do meu lado pro teu sono ficar mais aconchegante. Amanhã a gente acorda e passa o dia na cama comendo, se comendo. Pode ter tapioca, pão, ovo, bolo e sorvete. Pode ter frutas e café. E nos intervalos pode ter teu gosto na minha boca. Eu escuto tuas histórias e defendo meus pontos de vista sobre tudo. E você pode discordar, que eu te gosto é mesmo assim, com mais raiva que calma.

Vem que aqui comigo, quem sabe, a gente não aprende a tocar aqueles instrumentos. Você, o pandeiro, eu o violão. E juntos a gente faz nossa banda de sucesso que tocará na cozinha lá de casa na nossa própria festa regada a champanhe e qualquer uma daquelas mil receitas do livro de culinária que está pegando poeira na estante. E a gente bebe e come e se come. E canta os sucessos de ontem e cria os sucessos de agora e de amanhã, porque nosso real reconhecimento vai ser só depois que a gente morrer. E isso ainda vai levar tempo.

Vem cá que eu vou ajoelhar e beijar tua mão. E vou olhar no fundo do teu olho pra te dizer que você não precisa de medo. Que com calma a gente vai conseguir ajudar todos os amigos que precisam e ainda resolver nossos próprios problemas. E eu vou gostar de você assim. E você vai gostar de mim desse meu jeito aqui.

Vem cá, vem? Não sei onde você está. Não sei se você é. Mas vem. Pode vir que eu estou esperando.

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