Guardava todo tipo de lembrança do amor em uma caixa de sapatos. Cartões, cartas, postais. Bilhetinhos sem propósito, contas de bar. Ingressos de cinema mesmo se o filme foi ruim, afinal, o beijo tinha sido bom. Passagens, recibos de hotel. Uma dobradura sem sentido num pedacinho de cartolina. Tinha o folder da exposição, o embrulho do bombom enrolado e com um nó - que desatado, valia um beijo.
A depender do tempo de duração as coisas de uma se misturavam a de outra. Afinal, nenhuma das duas foi realmente importante. A depender da intensidade da relação as coisas de outra podiam ir pro lixo. A depender do coração as caixas daquela se multiplicariam. Duas, três, quatro, cinco. Praticamente uma por ano, tantas eram as memórias ali guardadas.
Um pequeno baú do tesouro, daqueles para abrir numa manhã de Natal daqui muitos anos, com filhos pequenos em volta, a descobrir toda a história do amor que os formou.
O problema mesmo é que quando acabava ele se via forçado a comprar um novo calçado. Era preciso uma caixa nova pra guardar o que agora era só dele.
Quem nunca fez isso que atire a primeira pedra, rs.
ResponderExcluirTu abandonou o "Em se tratando disso"? Eu já tive tanta caixa guardada contendo: bilhetinhos, ingressos de cinema, bombons, e etc, que as traças já estavam deteriorando tudo... acabei por jogar tudo fora. De algumas, me arrependo, mas outras, nem tanto! Bjos, bom final de semana ;)
ResponderExcluirRe, o "Em se tratando disso" tá lá... realmente abandonado, mas é que ele acabou sendo "substituído" pelo meu twitter... auehaueeau
ExcluirAs coisas que escrevia nele, tão virando postagens por lá.
Ah bom! Agora entendi, kkkkk bjos
ResponderExcluir