Dormira praticamente o dia inteiro. Quando acordou a cabeça ainda doía e por isso só comeu e voltou a dormir. Isso significava que tinha passado o dia sem pensar no que fazer e sem nem dar notícias pra mais ninguém. Teta tinha ligado, mas provavelmente era pra falar merda ou dar uma ideia muito errada.
A Janaína tinha mandado um SMS.
Duda, tudo bem? To preocupada com você. Ainda tá passando mal? Beijos, Jana.
Porra, ela era legal mesmo. Ele precisava responder.
Oi, Jana. Tudo bem. Tava arrasado e acabei dormindo demais. Mas acordei agora e to bem. Só to morrendo de vergonha.
Vergonha de quê? Uma hora todo mundo passa por isso. =)
Vergonha de você, dos seus pais, de mim. Eu nem lembro o que fiz e pelo o que o Teta me disse, não fiz coisa certa. =(
Você não foi o mais comportado mesmo, mas também não teve nada de absurdo. Meu pai perguntou de você, mas nem ligou que você foi embora. Relaxa que tá tudo bem. E vê se melhora. Nos vemos amanhã na aula.
Ok. Obrigado. Mas eu posso, pelo menos, te pagar um sorvete hoje? Pra ter menos vergonha?
Claro! Que horas, onde?
Passo aí umas quatro. =)
Te espero.
- Fala senhor Carlos Eduardo de Ressaca da Silva Cabeça Latejante!
- Teta, preciso de um favor!
- Que foi moleque?
- Me empresta uns 50 reais?
- Quê? Tá bêbado ainda?
- Sério, pô!
- Pra quê?
- Depois te conto. É só até minha mãe chegar mais tarde. Te pago amanhã na escola.
- Pra quê?
- Não to com tempo, depois eu te conto!
- Tu comeu a Jana, gozou dentro e ela não toma nem anticoncepcional, né? Agora quer comprar pílula do dia seguinte!
- Não, Teta! Não é isso. Tá longe disso, mas se tu me emprestar o dinheiro eu compro camisinha pra não correr esse risco.
- Vai trepar!!! Dudinha, tu vai trepar?
- Eu vou tomar sorvete, Teta.
- Sorvete?
- É, sorvete. Tava falando com a Jana por mensagem agora. Chamei ela pra tomar sorvete. Pelo menos pra pedir desculpas por ontem.
- Ok. Vai que do sorvete ela resolve chupar outra coisa, né?
- Me empresta ou não?
- Passa aqui, trouxa.
- Tem almoço aí?
- Tem.
- Então, to indo almoçar.
Da bebedeira, à amnésia. Da ressaca ao sorvete. Nem Duda se reconhecia. Mas já que tudo aquilo estava acontecendo, era melhor ele aproveitar. Ainda pensava na Luana, mas... ela sempre foi uma coisa meio inalcançável, né?
E ainda tinha aquele papo do Teta de menina fazer propaganda e tal. Era muita coisa na cabeça dele. Deixa acontecer, pensou.
Este texto faz parte da primeira tentativa deste blog de criar uma história longa e não apenas um conto. Acompanhe a continuidade dele pelo marcador #desenvolvimento
Adoro sorvete!!! há outros que gostam + de Teta!
ResponderExcluirDa onde sai esas criatividade? Admiro, viu?
ResponderExcluirBjo!