Sabe do que eu sinto falta?
De te levar pra casa. Por mais que aquilo fosse uma despedida, te levar em casa era sempre um momento nosso. A gente nem precisava conversar. E isso era uma das coisas legais, a gente se entendia no silêncio, não tinha aquela ânsia por falar algo, com medo de que o silêncio estragasse as coisas. Não existia aquela vergonha do nada, quando é melhor dizer alguma bobagem do que suportar a mudez.
Eu e você dentro do carro. Ouvindo nossas músicas, às vezes mais minhas que suas. Às vezes mais suas que minhas. E no trajeto você acariciava minha nuca. A mão delicada, suave, me fazendo cafuné. E eu sempre pedia pra você parar, mas querendo que continuasse, sob a alegação que ia me fazer dormir. Você não parava, mas em pouco tempo quem dormia era você. Eu queria parar o carro, deitar teu banco e cochilar contigo, mas me mantinha atento porque ainda precisava chegar com você em segurança.
Eu e você dentro do carro. E eu repousava minha mão cansada na sua coxa. Quando usava saia ou vestido, puxava um pouquinho pra poder sentir tua pele. Ta aí, acho que também sinto falta da tua pele. A textura, o cheiro, o gosto. E o calor da minha mão nos fazia suar. Era estranho, mas quer saber, era bom. Sentir minha mão grudada na tua coxa, como se não mais pudesse sair dali.
Eu e você dentro do carro. Minha irritação com o trânsito. E eu xingava, encarava os outros motoristas. E você me dizia pra ter calma. E eu resmungava, respirava e me continha. Sabia que você estava certa, mas você sabe que o trânsito sempre me irritou.
Eu sinto falta de parar debaixo do teu bloco, te dar um beijo rápido e te mandar subir, apesar da vontade de passar mais infinitas horas te namorando ali. Mesmo assim, te mandava embora. E ficava lá a esperar a portaria fechar e te observar sumir escada acima. Enquanto manobrava, você chegava lá em cima e mandava um último beijo pela janela.
Eu sinto falta. Sua companhia me faz falta.
De te levar pra casa. Por mais que aquilo fosse uma despedida, te levar em casa era sempre um momento nosso. A gente nem precisava conversar. E isso era uma das coisas legais, a gente se entendia no silêncio, não tinha aquela ânsia por falar algo, com medo de que o silêncio estragasse as coisas. Não existia aquela vergonha do nada, quando é melhor dizer alguma bobagem do que suportar a mudez.
Eu e você dentro do carro. Ouvindo nossas músicas, às vezes mais minhas que suas. Às vezes mais suas que minhas. E no trajeto você acariciava minha nuca. A mão delicada, suave, me fazendo cafuné. E eu sempre pedia pra você parar, mas querendo que continuasse, sob a alegação que ia me fazer dormir. Você não parava, mas em pouco tempo quem dormia era você. Eu queria parar o carro, deitar teu banco e cochilar contigo, mas me mantinha atento porque ainda precisava chegar com você em segurança.
Eu e você dentro do carro. E eu repousava minha mão cansada na sua coxa. Quando usava saia ou vestido, puxava um pouquinho pra poder sentir tua pele. Ta aí, acho que também sinto falta da tua pele. A textura, o cheiro, o gosto. E o calor da minha mão nos fazia suar. Era estranho, mas quer saber, era bom. Sentir minha mão grudada na tua coxa, como se não mais pudesse sair dali.
Eu e você dentro do carro. Minha irritação com o trânsito. E eu xingava, encarava os outros motoristas. E você me dizia pra ter calma. E eu resmungava, respirava e me continha. Sabia que você estava certa, mas você sabe que o trânsito sempre me irritou.
Eu sinto falta de parar debaixo do teu bloco, te dar um beijo rápido e te mandar subir, apesar da vontade de passar mais infinitas horas te namorando ali. Mesmo assim, te mandava embora. E ficava lá a esperar a portaria fechar e te observar sumir escada acima. Enquanto manobrava, você chegava lá em cima e mandava um último beijo pela janela.
Eu sinto falta. Sua companhia me faz falta.
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