*Por Maria Carolina
Dois personagens protagonizam uma novela do amor que acaba: aquele que tem coragem e aquele que espera o outro ter coragem. A posição deles não faz diferença, ambos sofrem. No nosso caso, calhou de ser eu a pessoa com coragem. Poderia ter sido você.
A trama segue, as coisas vão se ajeitando, a nova rotina toma seu lugar. Às vezes tem ódio, rancor, desilusão, ingratidão. Às vezes tem carinho, afeto, saudade. Esses sentimentos compõem o enredo dessa novela que todos nós vivemos.
O alimento ao ego daquele que esperou é sempre uma notícia, uma carta, um indício que prove que o outro lembra. Tem saudade.
Pois aí vai tua comida: eu lembro. Tenho saudades nas noites de domingo enquanto limpo a casa, vou ao mercado e compro minhas maçãs.
Tem mais: às vezes fico enrolando pra sair do trabalho. Não quero chegar em casa e não te encontrar. A sua não presença, tão necessária à minha vida agora, me incomoda de vez em quando.
Lembro quando decoro a casa, quando ajeito meus sapatos, quando a casa está suja, quando está limpa, quando cozinho. Lembro quando recebo as visitas que você adorava e quando recebo as pessoas que não podia receber porque você odiava.
Nessas horas, o meu refúgio é o quarto. Ao contrário do que cantou o rei Roberto, você não habita a cama. Me desculpe se sua vingança não vai ser completa.
Mas se quer saber, eu realmente duvido que alguém tenha tanto amor.
*O Blog Alguns Momentos publica, uma vez por mês – sempre na última semana –, um texto de um amigo do blog. Tem uma história para contar? Quer escrever também? Mande seu texto para blogalgunsmomentos@gmail.com
Dois personagens protagonizam uma novela do amor que acaba: aquele que tem coragem e aquele que espera o outro ter coragem. A posição deles não faz diferença, ambos sofrem. No nosso caso, calhou de ser eu a pessoa com coragem. Poderia ter sido você.
A trama segue, as coisas vão se ajeitando, a nova rotina toma seu lugar. Às vezes tem ódio, rancor, desilusão, ingratidão. Às vezes tem carinho, afeto, saudade. Esses sentimentos compõem o enredo dessa novela que todos nós vivemos.
O alimento ao ego daquele que esperou é sempre uma notícia, uma carta, um indício que prove que o outro lembra. Tem saudade.
Pois aí vai tua comida: eu lembro. Tenho saudades nas noites de domingo enquanto limpo a casa, vou ao mercado e compro minhas maçãs.
Tem mais: às vezes fico enrolando pra sair do trabalho. Não quero chegar em casa e não te encontrar. A sua não presença, tão necessária à minha vida agora, me incomoda de vez em quando.
Lembro quando decoro a casa, quando ajeito meus sapatos, quando a casa está suja, quando está limpa, quando cozinho. Lembro quando recebo as visitas que você adorava e quando recebo as pessoas que não podia receber porque você odiava.
Nessas horas, o meu refúgio é o quarto. Ao contrário do que cantou o rei Roberto, você não habita a cama. Me desculpe se sua vingança não vai ser completa.
Mas se quer saber, eu realmente duvido que alguém tenha tanto amor.
*O Blog Alguns Momentos publica, uma vez por mês – sempre na última semana –, um texto de um amigo do blog. Tem uma história para contar? Quer escrever também? Mande seu texto para blogalgunsmomentos@gmail.com
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