O maior vício do ser humano é outro ser humano. Nenhuma substância pode ser mais entorpecente do que aquela por quem se tem um desejo mais forte que sua própria força. E para esse mal não há sequer uma clínica, ou tratamento capaz de evitar as tão dolorosas crises de abstinência.
Você não vai escapar dessa situação. Não pense que estou falando apenas de paixão, e você como o maior dos insensíveis acha que jamais irá se apaixonar. Não pense como pensam as mães dos jovens que começam fumando maconha e acabam morrendo de overdose de heroína: “Comigo não vai acontecer”. Não pense.
Pois estamos todos sujeitos a ficarmos viciados em alguém. Seja um amor juvenil, um amigo para toda a vida, ou um parente próximo. Você, sem dúvida, ainda não percebeu, mas é viciado em alguém. Um amigo, mãe, pai, irmãos. Qualquer um deles pode ser a sua droga, a sua dor, a sua dependência, o seu medo de perda. E também não vá achando que agora que acordou para o problema, conseguirá se livrar da situação. Não. Não é tão simples.
Sabe aquele amigo que por mais que você se afaste, sempre volta? Você é a droga dele e, muito provavelmente, ele também é a sua. E mesmo com muita tentativa, não vai ser agora que sumirão das vidas um do outro, achando que estarão livres do vício.
E por que não a sua mãe? Mesmo grande, independente, de barba na cara, você acha que conseguiu se desvencilhar dela? Jamais. As mães são drogas eternas e não fazem tanto mal. Assim como a cafeína. Se você largar, terá dor de cabeça.
O PIOR – Como já disse, não existe tratamento para a crise de abstinência, nesse caso, também chamada de saudade. Quando você não tem por perto a sua droga, dá uma dor danada. É uma falta que se sente, como se faltasse parte de você. É uma falta de si mesmo. Uma ausência do outro, que se traduz em uma perda de você.
A droga do amor, companheiro, é como respirar. Não dá para viver sem. Não dá. E se você tenta, é também como tentar ficar sem respirar. Dá para segurar uns segundos; alguns, seguram por minutos. Mas o instinto de sobrevivência fala mais alto e você acaba soltando a respiração. E volta a encher os pulmões de ar.
Pois quando você pensa que pode escapar do vício da paixão, ele vem e te acerta bem no meio do peito com a danada da saudade. E você luta para não ir atrás da droga. Prende a respiração. Consegue por pouco tempo e logo depois, volta a encher o peito de paixão.
Mas você, insensível. Você, intocável. Você, inapaixonável (existe este termo?). Você não saberá o que é o pior do vício. Difícil dizer se isso é bom, ou ruim. Mas é fato, que você não saberá. Você não sentirá o que é perder a droga mais gostosa de se usar. Aquela que “te dá onda” só de pensar. Ou ouvir, cheirar, tomar, sentir, possuir.
Você não vai escapar dessa situação. Não pense que estou falando apenas de paixão, e você como o maior dos insensíveis acha que jamais irá se apaixonar. Não pense como pensam as mães dos jovens que começam fumando maconha e acabam morrendo de overdose de heroína: “Comigo não vai acontecer”. Não pense.
Pois estamos todos sujeitos a ficarmos viciados em alguém. Seja um amor juvenil, um amigo para toda a vida, ou um parente próximo. Você, sem dúvida, ainda não percebeu, mas é viciado em alguém. Um amigo, mãe, pai, irmãos. Qualquer um deles pode ser a sua droga, a sua dor, a sua dependência, o seu medo de perda. E também não vá achando que agora que acordou para o problema, conseguirá se livrar da situação. Não. Não é tão simples.
Sabe aquele amigo que por mais que você se afaste, sempre volta? Você é a droga dele e, muito provavelmente, ele também é a sua. E mesmo com muita tentativa, não vai ser agora que sumirão das vidas um do outro, achando que estarão livres do vício.
E por que não a sua mãe? Mesmo grande, independente, de barba na cara, você acha que conseguiu se desvencilhar dela? Jamais. As mães são drogas eternas e não fazem tanto mal. Assim como a cafeína. Se você largar, terá dor de cabeça.
O PIOR – Como já disse, não existe tratamento para a crise de abstinência, nesse caso, também chamada de saudade. Quando você não tem por perto a sua droga, dá uma dor danada. É uma falta que se sente, como se faltasse parte de você. É uma falta de si mesmo. Uma ausência do outro, que se traduz em uma perda de você.
A droga do amor, companheiro, é como respirar. Não dá para viver sem. Não dá. E se você tenta, é também como tentar ficar sem respirar. Dá para segurar uns segundos; alguns, seguram por minutos. Mas o instinto de sobrevivência fala mais alto e você acaba soltando a respiração. E volta a encher os pulmões de ar.
Pois quando você pensa que pode escapar do vício da paixão, ele vem e te acerta bem no meio do peito com a danada da saudade. E você luta para não ir atrás da droga. Prende a respiração. Consegue por pouco tempo e logo depois, volta a encher o peito de paixão.
Mas você, insensível. Você, intocável. Você, inapaixonável (existe este termo?). Você não saberá o que é o pior do vício. Difícil dizer se isso é bom, ou ruim. Mas é fato, que você não saberá. Você não sentirá o que é perder a droga mais gostosa de se usar. Aquela que “te dá onda” só de pensar. Ou ouvir, cheirar, tomar, sentir, possuir.
Essa abstinência-saudade, caro amigo, você nunca sentirá. E insisto em dizer que não sei se te digo isso com um sorriso, ou com uma lágrima no rosto. Mas dessa crise, que te faz chorar, te faz enlouquecer e te faz até pensar em usar outras drogas, você não provará. Porque só um grande amor perdido é capaz de fazer com que alguém sinta a verdadeira dor da saudade. Essa maldita saudade.